quinta-feira, 22 de maio de 2014

DESLIZE DA CIÊNCIA SOBRE RACISMO




CONVIVÊNCIA PACÍFICA
A banana atirada no jogador Daniel Alves durante um jogo do Barcelona e as declarações racistas do dirigente de um clube de basquete americano provocaram repúdio mundial. Mas não no médico americano Samuel George Morton, que viu as manifestações preconceituosas com naturalidade. No século XIX ele ganhou fama, em seu país e na Europa, ao disseminar a teoria de que a superioridade racial é corroborada pelo estudo dos crânios. Aqueles de estrutura mais complexas e avançadas, um sinal inegável de inteligência e maior capacidade de raciocínio, seriam os de caucasianos. Sua teoria foi desmontada na década de 1980, embora as manifestações racistas persistam. A teoria de Morton trás em seu bojo uma hierarquia com predominancia da raça caucasiana mais avançada do que, respectivamente as das raças mongol, malaia, americana (nativas do continente) e etiope, que abrange as pessoas de origem africana. O elogio ao racismo de Morton só desabou em 1981, quando o evolucionista Stephen Jay Gould, professor da Universidade de Harvard, publicou o livro "A falsa medida do homem" demonstrando que não havia relação entre as raças e seus níveis de inteligência. Ainda assim, mesmo sem qualquer suporte acadêmico, não faltam convictos de que brancos e negros ocupam polos opostos. Ainda vamos conviver por muito tempo com esse comportamento irracional  preconceituoso no trato com nosso igual. A ideia de que descendemos do macaco é errada. Os dois evoluiram de um ancestral em comum. Os macacos são primatas e nós descendemos da raça humana. Enquanto isso... Salve a banana! Estamos de olho!!!


       Professor JOÃO BIANCO

       e-mail: j1946-bianco@bol.com.br

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