TURÍSTAS BRASILEIROS EM NOVA YORK |
As transações do Brasil com o esterior registraram um déficit de US$ 6,2 bilhões em março, contribuindo para o pior resultado no primeiro trimestre desde o início da série do Banco Central (BC), em 1947. No acumulado dos três primeiros meses do ano, o saldo negativo soma US$ 25,2
bilhões. Esse cenário não deve mudar a curto prazo. Estudo da consultoria americana Boston Consulting Group (BCG), mostra que o custo de produção no Brasil aumentou nos últimos dez anos, tornando o país um dos mais caros entre os 25 maiores exportadores mundiais. Aumentos significativos de salários, crescimento lento da produtividade, mudanças cambiais desfavoráveis e elevação no custo com energia estão entre os fatores da elevação do custo produtivo no país. Isso reduz a competitividade, ainda mais em um cenário no qual concorrentes seguiram caminho contrário. No Brasil, só tivemos aumento de custos, o que fez com o que o país se tornasse caro e ficasse excluído das cadeias globas de produção. Com isso deixamos de agregar valor ao produto exportado, exportando matéria-prima. Consequentemente houve um estímulo para o concorrente produzir lá fora e vender de volta para o Brasil. Números:
US$ 1,84 Bilhão - Foi quanto os turístas brasileiros gastaram no exterior em março. Frente período de 2013, a queda foi de 1,3%.
US$ 535 milhões - Foi o montante gasto por visitantes de outros países no Brasil em março, um recuo de 10,7% na comparação anual.
3,64% do PIB - É o déficit em transações correntes acumulados nos últimos 12 meses, no valor de US$ 81,5 bilhões.
Os resultados dos números são irrefutáveis. O Brasil precisa reagir com medidas eficazes de efeitos imediatos para que a população não venha a pagar pelos desmandos das autoridades. Estamos de olho!!!
Professor JOÃO BIANCO
e-mail: j1946-bianco@bol.com.br
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