quarta-feira, 22 de maio de 2013

Mercosul - Dificuldades do Brasil














Mercosul - Dificuldades do Brasil

O Brasil deixou de ser interessante como fornecedor de manufaturados aos vizinhos sul-americanos. Pelo menos são os resultados obtidos  entre, 2008 a 20011. Esta diminuição teve início quando estourou a crise internacional, 2008. O comércio do Brasil com o Mercosul, caiu de 11% para 8% (entre 2008 e 2011). Alguns países souberam tirar proveito dessa queda e aumentaram seus negócios com a Região, como os Estados Unidos, Índia, China e a União Européia, com cifras da ordem de US$ 291,4 bilhões. O crescimento total comercializado na América do Sul, em igual período, foi da ordem de 26,8% ou US$ 577,1 bilhões. Em 2012, a posição comercial do Brasil com os nossos vizinhos, ainda, não melhorou e continuou a cair para 8,4% do total comprado. Para o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), ainda teremos mais dificuldades pela frente com o surgimento de novas Alianças. Como a Aliança do Pacífico, acordo de livre comércio entre México, Colômbia, China e Peru. Essa Aliança já nasceu grande: mais de 210 milhões de habitantes, correspondendo a 36% da população da América Latina e do Caribe. Em 2012, o PIB da América Latina cresceu 5%, enquanto o mundial cresceu 2,2%. O Mercosul emperrou, não evoluiu, está sofrendo da síndrome do protecionismo e alguns países estão em namoro com regimes totalitários, achando que descobriram a pólvora. Não sabemos no que isto vai dar. Reparem que a China não discrimina ninguém, o que interessa é vender ou participar de todas as Alianças, Acordos, Associações, é só convidar. No caso Brasil, no auge da crise, em 2009, ele apostou todas suas fichas no comércio interno, principalmente na classe média que despontava como o grande nicho de consumo, que agora, se percebe que perdeu o fôlego. Quando a crise começou a apresentar uma linha descendente, embora lenta, o Brasil tentou recuperar o espaço perdido no Mercosul, mas já era tarde demais. A nosso ver a OMC, com sua nova direção, precisa liderar, de forma consensual, as ações comerciais e desistimular a formação de blocos isolados, que não deixa de ser uma forma egoísta de praticar uma atividade que tem no seu cerne características universais.   

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