IMPRENSA CALADA |
O Brasil, recentemente, caiu nove posições, está no 108º lugar, no que se refere a proteção da liberdade de expressão. Esses dados foram coletados pela ONG - Repórteres Sem Fronteiras ( RSF ), que na oportunidade publicou uma lista com 39 "Predadores da liberdade de informações," incluindo chefes de Estado, políticos, líderes religiosos, milícias e organizações criminosas que censuram, prendem, sequestram, torturam e até matam jornalistas. Exemplo como o do jornalista Rodrigo Neto, de Ipatinga ( MG ), pagou com a vida depois de denunciar o envolvimento de policiais com grupos de extermínio da região. Muito nos envergonha o fato de saber que durante o ano de 2012, cinco jornalistas morreram nas mãos desses bandidos, vários deles institucionalizados. A UNESCO, informa que quase toda semana, registra a morte de mais de um jornalista em decorrência da atividade profissional. Minas Gerais é o estado com mais casos de óbitos no Brasil, principalmente, no Vale do Aço mineiro. O coordenador de comunicação e informação da UNESCO no Brasil, Adauto Soares, disse que nosso país está fazendo um péssimo papel: - Em todo o ano passado foram cinco mortos. Este ano, já foram quatro, ou seja, uma morte por mês. Isso é alarmante. E devemos observar que nós não somos um país em guerra civil. O jornalista Mauri Künig, diretor da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo - ( ABRAJI ), também lamentou a posição do Brasil e, para ele, isso deixa transparecer a ideia de que os fora-da-lei, agem assim pela certeza da impunidade. Isso nos deixa muito envergonhado como brasileiros. Não há como garantir livre acesso a liberdade de informação, se não existe liberdade de imprensa. O povo precisa ter livre acesso ao saber, aprender, falar, ouvir, opinar e duvidar, caso contrário estaremos brincando de democracia. Este quadro não é de exclusividade do Brasil, isso está acontecendo pelo mundo a fora, principalmente na América do Sul. Nessas regiões a imprensa sofre um modo diferente de pressão feita pelos governos locais, a Argentina é um exemplo vivo disso. País que quer ser respeitado como uma democracia plena, não deve toli seu povo de se informar, saber tudo o que está se passando pelo mundo, sob pena de criar uma geração de usuários de antolhos. Estamos de olho!!!
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