Na nossa concepção, a decisão de construir a barragem de Belo Monte no Rio Xingu, foi no mínimo, precipitada. O governo Federal ( gov. Dilma ) deveria aguardar a conclusão dos estudos sobre o impacto ambiental decorrente do barramento do Rio Xingu e suas consequências na vida dos índios e das pessoas que vivem às margens daquela região. Cremos, que um pouco mais de espera traria à tona a visão necessária para discernir com mais clareza sobre o quê seria importante. A construção de uma hidrelétrica que não irá produzir o volume esperado de energia __ o Rio Xingu não é perene __ ou a sobrevivência dos índios, dos ribeirinhos e dos animais da região. Autoridades Federal, Estadual e Municipal, aceitaram de pronto as promessas feitas pela empresa Norte Energia, responsável pela construção da usina.
São elas:
__ A cidade de Altamira teria 100% de saneamento antes da usina ficar pronta. Até agora não foi cumprida.
__ O Ibama, dá mais prazo para que a empresa cumprir o combinado __ 25 de julho de 2014, mesmo assim, o prazo não foi cumprido.
__ O Ibama dá um novo prazo __ setembro de 2016, para conclusão das obras.
A cidade de Altamira corre risco de seu atual esgotamento sanitário (fossa) entrar em colapso e o lençol freático, também, em decorrência do barramento do Rio Xingu.
O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação pública pedindo paralisação emergencial do barramento do Rio Xingu por agravar a poluição do rio e lençol freático da cidade de Altamira (PA) com esgotamento, hospitalar e comercial.
O MPF não acredita que a empresa vá cumprir o novo prazo de conclusão das obras, visto que, existem mais de 20 mil domicílios em Altamira que não possuem rede de esgoto e não tem acesso a água potável.
Por tudo isso, concluímos que foi precipitada a autorização para a construção da referida obra. Com certeza, foi atendido vários interesses, certamente não os das pessoas da cidade de Altamira (PA).
Professor JOÃO BIANCO
email: j1946-bianco@bol.com.br
fonte: Observatório Eco
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