Esta proposta não nos parece apropriada, claro que não está em jogo a importância da participação das mulheres como instrumento de mudanças e conquista no cenário de nosso país. Isso é inequívoco e incontestável. A mulher brasileira é uma mulher forte e guerreira, não fosse isso não teria força para travar esta batalha desigual, enfrentando todo tipo de adversidade. Quer no trabalho, ganhando menos ou no trabalho doméstico, muitas vezes sendo agredida. Os partidos políticos, a partir de 1998, criaram a reserva de vagas, para a ocupação de seus candidatos femininos, 30%. O eleitorado brasileiro, hoje, é composto de 52% do feminino. Daí pra frente, depende de cada um fazer por onde conquistar o seu espaço junto ao eleitorado. E como seria isso? Através da maior aproximação da comunidade, procurando participar de debates, ouvindo as necessidades e ajudando no que for necessário. A nosso ver própria mulher não iria se sentir a vontade de receber um mandato de mão beijada, sem representatividade, pois certamente não teria legitimidade do voto. O Brasil lutou bravamente pela democracia, para fazer valer o que determina a nossa Constituição: " Todos são iguais perante a Lei." Não entendemos como oportuno a criação de cotas parlamentar para mulher. Se criada, teria que ter a aprovação do Congresso Nacional. Entendemos que há muito o que fazer para que a mulher brasileira consiga exercer com dignidade e reconhecimento o seu lugar na sociedade.Temos certeza de que não será através de benesses ou qualquer outro subterfúgio que ela alcançará o seu objetivo. A mulher brasileira não admite e não quer passar por esse constrangimento. Estamos de olho!!!
Professor JOÃO BIANCO
e-mail: j1946-bianco@bol.com.br
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