Há poucos dias, o presidente Obama referiu-se à crescente desigualdade na distribuição de renda como "uma ameaça fundamental ao sonho americano." O patrimônio líquido das famílias mais ricas equivale a 288 vezes o de uma família típica, um recorde para os EUA. Na Europa, a desigualdade também é crescente. Lá também a tendência é de concentração da renda. Na Alemanha, a participação dos 10% mais ricos na renda nocional aumentou de 26% para 31% entre 1991 e 2010. Os governos enfraqueceram seus sistemas de proteção dos trabalhadores no afã de recuperar competitividade. Isso provocou o enfraquecimento da coesão social e veio abalar a estabilidade política e social de países como a Grécia, Portugal, Itália e Espanha. No Brasil, onde a desigualdade é gritante, os números vem apresentando melhorias, dos 40% com menores rendimentos subiu de 10,9% para 13%. A concentração de renda é nefasta, corrói toda a sociedade criando um enorme fosso entre as camadas
sociais. A distribuição de renda é questão de justiça e humanidade. Porém, é preciso ter cautela para não criar parcela de pessoas inertes, desmotivadas e desqualificadas. Estamos de olho!!!
Professor JOÃO BIANCO
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